ST 19: Religião, política e poder nos impérios Ibéricos: interações nativas e coloniais, séculos XVI-XVIII.


Me. Igor Santiago Costa (UFBA) 

Alexandra Helena Batista da Silva (UFBA)


Este simpósio temático tem como principal objetivo abarcar comunicações que investiguem as diferentes faces sociais, religiosas e políticas dos Impérios ibéricos entre os séculos XVI e XVIII. Entre estas faces estão as percepções das populações indígenas do então Império Português, no Brasil, na África e no Oriente e da América espanhola frente ao mundo colonial; as interações entre as comunidades locais e europeias nas colônias no que se refere às tentativas de disciplinamento religioso, exemplificado pelos casos inquisitoriais; vivências e experiências de mulheres, tanto do reino quanto nativas; dentre outros agentes que, por muito tempo, foram negligenciados na historiografia do mundo moderno. A ênfase na investigação sobre as experiências das populações marginalizadas não exclui o interesse nos trabalhos que se debruçam sobre as instituições religiosas e políticas. Isto porque é a partir da norma propagada pelas instituições tal qual a Igreja, as ordens religiosas e as coroas ibéricas, que os indivíduos em contato regem seus comportamentos, adequando-os à norma completamente ou subvertendo, transformando e escapando destas, a partir de seu repertório cultural e experiências práticas.


05 de novembro (13:30h-16:30h)


“Bem Doutrinados E Domésticos”: Soldados Indígenas De Sua Majestade E “Neófitos Da Igreja” De Nossa Senhora Da

Assunção, Na Vila Da Pedra Branca (1758-1759).


“Era uma contenda ainda obscura e política”: expulsão dos jesuítas a mando das “mulheres da Torre”, por curraleiros e

pelo capitão “Fernandino da aldeia dos índios da Varge” com 150 “caboclos” e indígenas aldeados (1696-1703).


A Exploração do salitre e a violência contra mulheres indígenas nos sertões baianos (1697-1707).


Casamentos Condenados: A Bigamia Indígena Nos Processos Inquisitoriais Na Amazônia Portuguesa (1741 - 1785).


A Razão De Necessidade E Recusa Por Preconceito: A Congregação Do Oratório De Goa E Os Desafios De Afirmação Do Clero Indiano No Estado Da Índia (XVIII).


Um rio de contenda: conflito de jurisdição entre a vila da Barra, Pernambuco, e comarca de Jacobina, Bahia (1790 - 1810).


06 de novembro (13:30h-16:30h)


Entre Dois Cativeiros: Escravidão, Feitiçaria E Religiosidade Na Bahia (1688-1699).


Africanas e afrodescendentes acusadas de feitiçaria e superstição pelo Santo Ofício português (c. 1720 – c. 1750).


Entre encantamentos e curas, uma colônia: adaptações e continuidades de práticas mágicas entre Portugal e Brasil.


João de Deus, o penitente. A história de um pregador africano no Brasil setecentista.


Religião, Cientificismo E Os Saberes Epistêmicos De Mulheres Acusadas No Contexto Inquisitorial: Estudo De Caso.


Mulheres negras na Arquidiocese de Braga no século XVIII.


07 de novembro (09h-12h)


Martírio e narrativa: a construção da memória do Beato Francisco Pacheco durante a perseguição cristã no Japão Tokugawa (1600–1639).


Do Santo Ofício à diocese: as ambições de Pedro da Silva de Sampaio.


Censura e Boa Razão: as ‘tácticas de combate’ à casuística.


“Esta Terra É Nossa Empresa”: Conflitos Entre Os Governadores E Os Padres Da Companhia De Jesus No Ndongo Entre O Século XVI-XVII.


A Negociação A Partir Da Comunicação: O Caso Da Câmara Municipal De Goiana (1760-1780).