ST 12: História, sociedade, crime e criminalidade no Brasil oitocentista.
Me. Joab Silva Santos (Unicamp)
Ma. Sabrina Sales Araújo (Unicamp)
Me. Lucas Carlos Martiniano de Almeida (Unicamp)
O objetivo deste simpósio é possibilitar um espaço de debate para pesquisas que investigam crime e criminalidade no Brasil oitocentista e utilizam diferentes fontes para pensar a violência, o delito, a polícia, as políticas punitivas do Estado brasileiro, suas representações e significados ao longo do século XIX; como arquivos judiciais, paroquiais, cartoriais, relatos memorialistas, produções literárias, discursos oficiais e a imprensa. O simpósio visa trabalhos que se identificam com a História Social e investigam formas de criminalização e controle social de grupos marginalizados – a exemplo dos indígenas, trabalhadores livres e escravizados –, em suas diversas formas, como a racialização. Assim, objetivam-se diálogos sobre relações de poder, agências, conflitos, associativismos, disputas, da terra e das dinâmicas comerciais, e conflitos do mundo do trabalho no Brasil oitocentista. Busca-se pesquisas que abordem as diversas redes de sociabilidades, bem como a inserção dos agentes históricos e de suas práticas e experiências coletivas e individuais na construção e desconstrução de domínios hegemônicos.
05 de novembro (13:30h-16:30h)
Joab Santos (UNICAMP):
Grupos Armados Circulam pela província: Livres, Libertos e escravizados em ações deleitosas (Bahia, 1870-1896).
Millena Oliveira (UESB):
Poder Político e Impunidade na Imperial Vila da Vitória: Um Estudo de Caso sobre Justiça e Influência no Século XIX.
Luiz Farias (UFRPE):
“Prova de que o reinado do punhal é uma verdade”: as narrativas sobre a criminalidade e os crimes contra propriedade em Escada na década da abolição.
Michele Greco (PPGH-UDESC):
Fragmentos de criminalização: vadiagem e controle social na imprensa de Florianópolis (século XIX).
Ana Nascimento (UFU):
Rebeldia Impressa: Crime e Insurreição Escrava nas páginas da "Gazeta de Noticias" e do "Diario do Brazil" (1875-1888).
Marlos Santos da Cunha (UNEB):
Vingança Se Faz Com Sangue Quente: Violência Na Vila Da Barra Do Rio Grande Do Sul (1788-1796).
Matheus Santos (UFBA):
“A desenvoltura desses perigosos perturbadores da ordem merece a mais severa repressão”: acessando as vozes dos “celebres desordeiros” a partir dos processos-crime (1906-1915).
Lucas Almeida (Unicamp):
Violência, economia e criminalidade em tempos de seca na Paraíba do norte (1877-1880).
06 de novembro (13:30h-16:30h)
Sabrina Sales (Unicamp):
Colonizar e chamar à civilização: racialização, expropriação de terras indígenas e os projetos para fazer progredir a província de Mato Grosso no século XIX.
Gisele Miranda (UFBA):
“Não poderiam ser feitos por uma só pessoa principalmente se for mulher”: Gênero, honra e justiça na trajetória de Marcelina Saldanha na Bahia oitocentista.
José Gomes (UFBA):
“Prende a nêga ou o cabo desce”: família negra, conflitos e tensões raciais em Divina Pastora/SE. (1871-1935).
Regiane Moura (UFS) e Edna Matos (UFS):
Crimes Contra as Mulheres no Século XIX: Um Estudo sobre Violência de Gênero e Justiça Social em Sergipe (1835-1892).
Esther Costa (UESB):
Mulheres Silenciadas no Sertão: Violência de Gênero e a Justiça na Imperial Vila da Vitória.
Dhuna Teixeira (UDESC):
Tradução e adaptação no pensamento de Nina Rodrigues acerca da degeneração: um debate historiográfico brasileiro.
Rafaela Vieira (UESB):
A justiça dos Homens Bons: gênero, poder e violência no sertão bahiano.